Estudantes de arquitetura e urbanismo: saibam as regras de atuação em redes sociais

Parte do trabalho do setor de fiscalização é garantir a regularidade das atividades em perfis na internet

A fiscalização do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso (CAU/MT) também é atuante nas redes sociais. Os dados do setor indicam que cerca de 80% das denúncias são provenientes de casos de exercício ilegal da profissão em aplicativos de redes sociais como Instagram e Facebook. Apenas nesta segunda-feira (16), o Conselho enviou 17 notificações a estudantes de arquitetura e urbanismo, usuários do Instagram, com o intuito de alertar e garantir a regularidade das informações.

Os dados apontam ainda que 83,33% das denúncias de exercício ilegal (estudantes) recebidas via Siccau foram regularizadas após a ação de notificação preventiva. Yasmine Ali, coordenadora técnica do CAU/MT explica que a ação visa orientar. “Usamos a carta orientativa e/ou notificação preventiva, para que o dono da conta na rede social possa se adequar aos procedimentos corretos”, explica.

Durante a última semana (09/09), o CAU/MT pôde apresentar o setor de fiscalização do Conselho à diversas instituições de ensino do estado. Estavam presentes coordenadores do curso de arquitetura e urbanismo de universidades como UFMT, Unic, Unemat, Anhanguera (Sorriso), FASIPE (Sinop), Unisalle (Lucas do Rio Verde), Univag e UNIFAMA.

Na oportunidade, o CAU/MT abordou a condução da fiscalização de estudantes nas redes sociais, apontando as diretrizes e procedimentos para o acompanhamento e controle das atividades dos estudantes. O intuito é assegurar o cumprimento das normas e regulamentações vigentes.

Como funciona?

Os agentes de fiscalização encaminham uma carta orientativa ao aluno, pedindo que ele faça ajustes na forma como se apresenta nas redes sociais. Isso inclui remover a utilização dos termos “arq” ou “arquiteto(a) da biografia ou do nome de usuário.

No caso de profissionais formados, com atuação irregular, os agentes utilizam o Siccau, para localizar o registro no CAU do dono da conta nas redes sociais. Caso o registro não seja encontrado, o agente ou auxiliar realiza pesquisas em redes sociais para identificar a prática da arquitetura e urbanismo pelos profissionais que ainda não estão registrados no Conselho.

Inicialmente, o agente envia uma carta ao profissional solicitando a regularização do registro. Somente após esse procedimento será emitida uma notificação formal por meio de fiscalização, referente à infração de “Ausência de Registro no CAU”.

É estudante e quer abrir um perfil sobre o assunto? Saiba o que pode e o que não pode

– Ao criar nome de usuário/descrição (biografia), não se deve usar o termo “arq” ou similares, que possam remeter à identificação de “arquiteto(a)”;

– O aluno deve esclarecer que atualmente é estudante do curso de arquitetura e urbanismo;

– Evite a apresentação como “arquiteto(a) e urbanista” e suas variações, caso não possua registro no Conselho;

Sobre as publicações:

– Insira os dados do arquiteto e urbanista responsável técnico pelos serviços prestados, em todas as postagens, conforme Resolução n° 75 do CAU/BR;

– Deixar explícito, na descrição dos posts de projetos da faculdade, que se trata de atividades referentes aos estudos de arquitetura e urbanismo;

– Em caso de treinamentos em software, deixar explícita a prática.

Laura Resende, comunicação CAU/MT