Conforto Térmico: Soluções impactam qualidade de vida e resultam em economia financeira

Acadêmicos de arquitetura e urbanismo e profissionais da área participaram de curso oferecido pelo CAU/MT

Na última semana, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/MT) ofereceu o curso de Conforto Térmico a profissionais e estudantes da área, na sede do Conselho. Com inscrições gratuitas, os participantes estiveram presentes em dois dias de aprendizado (20 e 21/06), com o professor Felipe Paim, que é especialista em acústica de conforto ambiental.

Na oportunidade, Felipe mostrou soluções que impactam diretamente na qualidade de vida das pessoas, que podem ser  incluídas no momento da elaboração do projeto. Além disso, tais soluções também geram impacto econômico, uma vez que resultam em contas com menor valor, como a de energia, por exemplo.

Segundo ele, tudo deve ser pensado e estudado previamente, como a incidência solar, direção do vento, chuvas etc. “Cada caso é um caso, mas quando projetamos uma casa que aproveita mais a luminosidade ou a sua ventilação, utilizamos menos soluções artificiais, como lâmpadas, ventiladores, ar-condicionado etc., e isso impacta nas contas, ao fim do mês”, comenta.

Acrescenta ainda que é preciso observar as particularidades de cada cidade, como é o caso de Cuiabá, que em boa parte do ano possui temperaturas elevadas tanto durante o dia quanto à noite. “Em locais quentes, podemos projetar paredes mais grossas que retém o calor, mas é preciso entender que o material demora para transferir o calor externo para dentro do ambiente, mas isso acaba acontecendo no período noturno”, explica.

“Essa pode ser uma boa solução em locais onde as temperaturas abaixam no fim do dia, mas onde a amplitude térmica é pequena, acaba não sendo eficaz, pois evitamos que a casa esquente de dia, mas isso não funciona de noite. Por isso, é preciso pensar em soluções que contemplem essas realidades”, completa.

Nos dois dias de evento, estavam presentes profissionais e estudantes e, segundo o professor, é uma boa oportunidade para ambos. “Os alunos costumam estar ansiosos para aprender sobre o assunto, então foi ótimo levar esse conhecimento a eles. Já os profissionais puderam recordar conceitos que podem colocar em prática novamente”, diz.

Os participantes consideraram o conteúdo enriquecedor e conseguiram identificar questões da cidade que podem passar por melhorias para aumentar o conforto dos usuários, como pontos de ônibus, por exemplo. “Não adianta deixar bonito e não ter conforto. O ideal, é unir as duas coisas”, finaliza.

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Laura Resende, comunicação CAU/MT