Casarões antigos desabam durante o período de chuvas em Cuiabá

Somente em janeiro deste ano, quatro casarões antigos de Cuiabá, que já estavam com a estrutura comprometida, desabaram. No período de chuvas, aumentam os riscos de desabamento e de acidentes. Por causa disso, a Defesa Civil começou uma operação para prevenir situações de risco e acidentes.

Na Avenida 15 de Novembro, que liga a região central da capital, à região do Porto, um casarão antigo que estava abandonado desabou. Depois disso, o local foi interditado pela Defesa Civil. Nesta época do ano, a Defesa Civil precisa trabalhar dobrado porque casos como este se multiplicam pela cidade.

Uma casa na Praça Antônio Corrêa está ocupada, mas o morador já busca outro lugar para ficar. Já na Rua Togo Pereira, a parede começou a rachar. A maioria desses imóveis foram construídos com adobe. Os telhados estão desgatados pelo tempo e muitos sofrem com os cupins. Quando chove, a água causa infiltrações nas paredes, que acabam caindo.

O coordenador da Defesa Civil da capital, Oscar Amélito, disse que está pedindo aos proprietários dos imóveis que deem a manutenção necessária para evitar desabamento.

A casa da comerciante Erenita Oliveira também corre risco de cair. Na casa vizinha a da dona Erenita a situação da parece está bem complicada. Vários pedaços já caíram para o lado de cá e é por isso que ela tem medo que eles caiam para o lado de lá. Ela mora no local desde 1991 e nunca viu uma obra neste prédio. Tem várias casas da região que estão na mesma situação.

Tudo acontece na região portuária, que, segundo a Defesa Civil, teria um projeto de revitalização. “Nós podemos ver o museu restaurado, existe um projeto do prefeito, o arquiteto deve ter estes projetos de como será a revitalização”, afirmou Oscar Amélito.

Tanto o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), quanto o governo do estado e a prefeitura da capital informaram que os imóveis não foram tombados como patrimônio histórico e, desse modo, os proprietários são os responsáveis pelas obras estruturais.

Fonte: G1 Tv Centro América