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03/08/2013ㅤ Publicado às 10:00

Obra foi laboratório pré-Centre Pompidou

A casa desenhada pelos arquitetos Richard e Su Rogers no final dos anos 1960 é uma das obras privadas mais celebradas do século 20. Localizada em Londres, a morada está à venda pela primeira vez desde a sua construção. Não é pouco – a obra é considerada um dos tesouros nacionais pelo ministro da Cultura britânico, Ed Vaizey. “Esta casa é uma obra de arte que data de um dos períodos mais imaginativos e instigantes da construção residencial”, diz. O próprio Richard Rogers, que desenhou a morada para os seus pais, chegou a dizer que este foi o projeto de pequeno porte mais bem sucedido de sua – incrível! – carreira.

Até hoje a propriedade é um bem da família Rogers. Qualquer um que esteja disposto a desfazer-se de £ 3,2 milhões pode, no entanto, fazê-la mudar de mãos. Em valores atuais, trata-se de mais de R$ 11 milhões.

A construção é um dos raros exemplos de boa arquitetura moderna em solo britânico. Casas que marcaram aquela época estão, em sua maioria, na América e na parte continental do território europeu. Prova de seu valor incontestável é o fato de a instituição English Heritage tê-la incluído em sua lista “Grade II” de casas modernistas. Trata-se de uma honraria bastante exclusiva. Ainda que os traços estilísticos da obra não reneguem a influência dos mestres Mies van der Rohe, Richard Neutra, e do casal Eames, é possível identificar traços verdadeiramente únicos ali. O dedo de Rogers.

Feita com extrema simplicidade e engenhosidade, a casa constituída por dois pavilhões térreos independentes marca o visitante pelo jogo visual que se dá entre os planos de vidro e a estrutura pintada de amarelo vivo. O esquema de cores radiante da decoração se deve a um esforço conjunto de Richard, Su e Dada Rogers – a mãe do arquiteto. Os espaços internos são, acima de tudo, flexíveis. Do lado de fora, chama a atenção o jardim, que foi moldado ao longo dos anos pelas mãos talentosas de Dada.

Além disso, o terreno conta com uma construção assinada pelo designer Ab Rogers, filho de Richard e Su. Ele, sua esposa e suas duas filhas vivem na morada desde a morte de Nino – pai de Richard. Apenas com o falecimento de Dada a família passou a ocupar o pavilhão principal, atualizando a decoração do lugar.

Richard Rogers chegou a afirmar que esta casa foi o protótipo que propiciou a criação posterior de suas grandes obras, como o Centre Pompidou em Paris (em parceria com Renzo Piano), o edifício Lloyds e o terminal 5 do aeroporto Heathrow, ambos em Londres.

A venda desta morada que representou a arquitetura britânica na Bienal de Paris de 1967 acontece em paralelo a outro evento que traz à tona o sobrenome Rogers. É a exposição Richard Rogers: Inside Out, que acontece até dia 13 de outubro na Royal Academy, na capital inglesa.

Fonte: Casa Vogue

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