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01/08/2018ㅤ Publicado às 16:00

Alterações que implicam definir forma de uso do espaço em função do mobiliário é atribuição da arquitetura de interiores – Foto: Pixabay

Arquitetos e decoradores podem até compartilhar algumas competências, mas há atribuições que só o arquiteto pode desenvolver. Projeto de Arquitetura de Interiores; projeto de reforma de interiores; e projeto de mobiliário são atribuições privativas do profissional arquiteto, conforme descrito em detalhes na Resolução N◦ 21 do CAU/BR.  O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso dá mais detalhes sobre essa diferenciação. 

ARQUITETURA DE INTERIORES: alterações que implicam definir forma de uso do espaço em função do mobiliário, dos equipamentos e suas interfaces com o espaço construído, alterando ou não a concepção arquitetônica original, para adequação às necessidades de utilização são exclusividades dos profissionais de arquitetura.

Esta intervenção se dá no âmbito: espacial; das instalações; de condicionamento acústico; de climatização; estrutural; dos acabamentos; luminotécnico; da comunicação visual; das cores; de mobiliários; de equipamentos; da coordenação de projetos complementares e; da proteção e segurança.

E tendo um conceito mais abrangente do que a palavra decoração, a arquitetura de interiores tem o objetivo de resolver problemas e facilitar a vida dos usuários, ou seja, é fundamental para que um ambiente funcione bem.

Neste sentido, o arquiteto é quem equaciona o apuro estético e a responsabilidade por ações que envolvam instalações de gás, elétricas, hidráulicas, fluxos dos espaços adjacentes, conforto ambiental, sensações e percepções psicológicas, dentre outras importantes variáveis e quaisquer outras áreas que afetem a estrutura do imóvel.  Quando a sociedade se esquece ou não leva em conta essa atribuição privativa dos arquitetos, problemas graves podem ocorrer em obras e reformas.

DECORAÇÃO: É um arranjo do espaço interno criado pela disposição de mobiliário não fixo, obras de arte, cortinas e outros objetos de pequenas dimensões, sem alteração do espaço arquitetônico original, sem modificação nas instalações hidráulicas e elétricas ou ar condicionado.

Não implicando, portanto em modificações na estrutura, adição ou retirada de paredes, forro, piso, e também não implicando na modificação da parte externa da edificação.

O arquiteto é o habilitado a levar em consideração toda a estrutura da edificação – Foto: Pixabay

 

SAIBA MAIS

O arquiteto é o profissional habilitado a levar em consideração toda a estrutura da edificação. E a definição das cores do ambiente, arranjos de layout em espaços existentes, escolha de peças e objetos de decoração, de equipamentos, de obras de arte, e de eletrodomésticos, entre outros são atividades que arquitetos e decoradores podem compartilhar.

Por isso, vale ressaltar que a formação do arquiteto se dá através dos cursos de arquitetura e urbanismo que tem duração de cinco anos, onde são abordados temas como: história da arte; história da arquitetura e do urbanismo; representação gráfica; informática; resistência dos materiais; construção; planejamento urbano; projeto de edificações;  conforto ambiental;  paisagismo;  e arquitetura de interiores, entre outros.

A formação em um curso de arquitetura permite a atuação em várias áreas como: estudo e planejamento de projetos; execução de desenho técnico; elaboração de orçamento;  padronização;  mensuração e controle de qualidade;  e execução de obra e serviços técnicos. 

Sua formação ainda abrange conhecimentos em projetos em geral como os projetos de paisagismo e urbanismo, à avaliação do terreno para a implantação do projeto, passando por detalhamento de interiores, até o gerenciamento da obra. O arquiteto trata da concepção da obra, residencial ou comercial, total ou parcial, das reformas e restaurações, internas e externas, incluindo aberturas, fechamentos, colunas, vigas, escadas e tudo que tenha haver com a relação entre os espaços, sua destinação e usos.

A VOZ DO PROFISSIONAL

O arquiteto e urbanista Benedito Libânio Neto completa: “O trabalho do arquiteto se inicia com a implantação do projeto e com parecer sobre a localização, legislações, aspectos ambientais e topográficos”. 

Ele também exemplifica um pouco mais sobre o tema. “Apartamentos, por exemplo, são entregues com piso padrão, paredes pintadas normalmente de branco, então o cliente precisa contratar um profissional habilitado, que é o arquiteto, para desenvolver um projeto de arquitetura de interiores. Este projeto ele começa a partir de um layout que deve entender o fluxo de pessoas até para entender como deverá ser à disposição dos móveis nesse espaço. É o arquiteto que vai estudar a disposição do sol, até avaliar questão de ruídos, etc”, disse Libânio.

Decoração é um arranjo do espaço interno criado pela disposição de mobiliário não fixo – Foto: Pixabay

Simone Alves, Comunicação CAU/MT com base nas seguintes referências bibliográficas

RIZZO, Garibaldi. A diferença entre o arquiteto, o design de interiores e o decorador, 2013. Disponível em: <http://www.caupi.gov.br/?p=3217>. Acesso em: 28 de jul. 2018.

FSCHER, Rafael. O que é arquitetura de interiores. Disponível em: <http://comoprojetar.com.br/o-que-e-arquitetura-de-interiores/> Acesso em: 27 de jul. 2018.

CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DE SÃO PAULO. Notícias. Disponível em: <http://www.causp.gov.br/arquitetura-de-interiores-entenda-as-atribuicoes-privativas-deste-campo-profissional/> Acesso em: 24 de jul. 2018. 

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