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08/08/2013ㅤ Publicado às 12:31

A parte mais valiosa do acervo de Oscar Niemeyer (1907-2012), que inclui croquis e desenhos originais de 342 projetos do arquiteto brasileiro, começará a ser digitalizada neste mês e ficará acessível ao público na internet.

O projeto é uma parceria da Fundação Oscar Niemeyer, entidade sem fins lucrativos criada em 1988 para preservar e divulgar a obra do arquiteto, e do Itaú Cultural.

Serão digitalizados 8.927 documentos produzidos entre 1938 e 2005. Entre os itens que ficarão disponíveis no site www.niemeyer.gov.br estão não apenas obras famosas do arquiteto mas também projetos não realizados, como um aeroporto em Brasília e um para o Maracanã.

Croqui do projeto do Monumento 9 de Novembro, em Volta Redonda (RJ), feito para lembrar operários mortos em 1988
Divulgação/Acervo Fundação Oscar Niemeyer

“Até hoje, não havia uma preocupação em fazer divulgação do acervo”, diz Carlos Ricardo Niemeyer, 45, bisneto do arquiteto e diretor de licenciamento da fundação. “O Oscar continuava em atividade e preferia destacar os projetos em que estava trabalhando, tinha menos interesse no que já tinha sido produzido. Agora [após sua morte], faz mais sentido dar visibilidade a esse material.”

Segundo o diretor, além de servir como registro de uma forma de trabalhar que foi substituída pelos softwares e ferramentas digitais, o acervo é uma mostra do processo criativo de Niemeyer.

“Boa parte desses materiais são álbuns que o Oscar produzia para apresentar projetos. Ele desenhava e escrevia o que chamava de ‘explicações necessárias’. Muitas vezes, ao escrever sobre os projetos, ele percebia que precisava fazer alterações.”

O acervo de Niemeyer também servirá de base para uma exposição, que será aberta em junho de 2014, no Itaú Cultural, em São Paulo, com curadoria de Lauro Cavalcanti, diretor do Paço Imperial, no Rio –para onde a mostra segue depois.

A data coincide propositalmente com a Copa do Mundo. “Niemeyer é internacionalmente conhecido, então queremos oferecer essa exposição não só para os brasileiros mas também para os estrangeiros que estiverem em São Paulo”, diz Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.

Divulgação/Acervo Fundação Oscar Niemeyer

Antes disso, possivelmente em dezembro –mês de nascimento e morte do arquiteto–, o instituto organizará um seminário para discutir o legado de Niemeyer. “A ideia é que parte desse material do seminário e da exposição também esteja na internet”, diz Saron.

A primeira fase da digitalização durará cerca de quatro meses. Paralelamente, a equipe técnica cuidará do tratamento e da catalogação do resto do acervo (fotos, textos e outros documentos), que também será digitalizado.

Fonte: Folha de S.Paulo

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