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14/11/2024ㅤ Publicado às 12:35

Evento promovido pelo CAU/MT contou com apoio da FGV, Secel, IHB e Iphan

O patrimônio cultural e histórico de um estado é de extrema importância para a sociedade, pois reflete a identidade local, diversidade cultural, além de gerar benefícios econômicos. As formas de preservação da história patrimonial de Cuiabá, importância do restauro, desafios institucionais e a necessidade de parcerias que intensificam o trabalho, foram discutidas no 1° Fórum do Patrimônio Mato-grossense, que aconteceu nos dias 11 e 12/11, no Sesc Arsenal.

O evento, promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato grosso (CAU/MT), culminou na assinatura de um protocolo de Intenções entre o Conselho e a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel). O objetivo é estabelecer base de cooperação para a elaboração de projetos voltados à proteção, preservação e valorização do patrimônio histórico e cultural do estado.

A presidente do CAU/MT, Lise Bokorni, destacou a importância do evento. “É um marco importante para a nossa profissão e para a história do nosso estado. Reflete o compromisso do CAU Mato Grosso com a preservação, valorização e fortalecimento do nosso patrimônio cultural. Espero que seja uma oportunidade de aprendizado, diálogo e inspiração para novas iniciativas que promovam a preservação e valorização do patrimônio de Mato Grosso” ressalta.

A influência na economia foi abordada durante a palestra “Políticas Públicas: gestão do patrimônio cultural e Canteiro Modelo de Conservação”, ministrada pela arquiteta e urbanista, Luciana Pelaes Mascaro. Em sua fala, pontuou como a preservação e restauração de espaços tombados podem fomentar o uso destes locais entre os moradores da sociedade. “Temos turistas, sim, mas o morador local circula todos os dias e pode fazer a economia girar nesses centros e espaços de cultura”, diz.

Durante o primeiro dia de evento, ainda foi abordada a importância da integração de políticas públicas, parcerias público-privadas (PPPs) e a participação comunitária para garantir a preservação efetiva do patrimônio cultural; a arqueologia, arquitetura e o centro histórico de Cuiabá e a Importância de proteger tanto os bens materiais (edificações e monumentos) quanto os imateriais (tradições, saberes e práticas culturais). Suzana Hirooka enfatizou a importância de preservar as memórias paisagísticas e como a história deve ser passada de geração para geração, pois, “existe valor afetivo em tudo o que vemos”, completa.

Já a programação de palestras do dia 12/11 contou com a apresentação do projeto de revitalização de Diamantino (MT), realizado pela FGV. No palco, Regina Pontin de Mattos, Isabel Ballesté, Francyla Bousquet Santos, Pablo de Las Cuevas, Priscila waldow e Thiara Castro comentaram sobre o trabalho. “O objetivo principal é reviver a história por meio do Patrimônio Histórico e Cultural, em novos espaços restaurados e equipados. É uma saudação à diamantino, um ‘viva!’ ao seu povo e sua história”, comenta Francyla.

Palestra “Projeto de revitalização do Centro Histórico de Diamantino/MT” – Maria Regina Pontin de Mattos, Isabel Ballesté, Francyla Bousquet Santos

Na sequência, o arquiteto e urbanista Jorge Tinoco abordou as boas práticas do projeto à obra a conservação e o restauro. Apontou ainda formas de atuação que podem comprometer uma estrutura tombada, como a falta de telhado provisório, por exemplo. Destacou ainda, a importância de uma fiscalização efetiva. “Os responsáveis técnicos têm que ser arquitetos e urbanistas. Como é possível garantir a ética, liderança, a estratégia e todos os outros pontos que abordamos hoje, se não temos um responsável técnico por toda a obra? Impossível”, explica.

Palestra “Boas Práticas do projeto à obra a conservação e o restauro” – Jorge Tinoco

Na sequência, a arqueóloga Ana Joaquina Oliveira falou da importância de se preservar a história dos espaços onde vivemos, durante a palestra “Desafios institucionais acerca da Pesquisa Arqueológica em Sítios Históricos: O caso do Centro Histórico de Cuiabá/MT”. A profissional apontou que existe história por baixo do asfalto onde vivemos. “Embaixo de toda cidade existe uma outra cidade que está na memória”, comenta.

Durante a mesa redonda, Luciana Pelaes Mascaró, Suzana Hirooka, André Campos e Priscila Waldow debateram sobre como equilibrar a necessidade de modernização das cidades com a preservação da memória coletiva e das tradições culturais que moldam a identidade de uma sociedade. Os membros comentaram sobre o fenômeno de ‘Cuiabá 50 graus’ e afirmaram que toda prefeitura precisa ter um arqueólogo dentro do seu quadro, facilitando a gestão da cidade.

Robinson Araújo contou a história dos principais pontos turísticos arquitetônicos cuiabanos, que são tombados pelo Estado. O Palácio da Instrução e a Igreja do São Gonçalo, por exemplo, possuem grande influência estrangeira em sua arquitetura. A palestra rendeu interação com a plateia participante, gerando dúvidas e curiosidades sobre a Avenida Fernando Corrêa e a Prainha.

Por fim, Ana Vittori Frigeri, presidente do IHB, palestrou sobre as possibilidades da atuação do arquiteto urbanista para a preservação do patrimônio arqueológico mato-grossense. Ela apontou a importância de mapear os monumentos tombados e apresentou o trabalho da instituição, que busca apoiar ações de valorização e preservação do patrimônio cultural brasileiro.

O Fórum foi uma realização do CAU/MT com apoio da FGV, Secel, IHB e Iphan.

Laura Resende, Comunicação CAU/MT

 

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