Setembro Amarelo: Como as redes sociais podem afetar a saúde mental

95% dos arquitetos e urbanistas do estado acessam o Instagram todos os dias

Noites com poucas horas de sono, má alimentação e o constante acesso às redes sociais podem contribuir para a má qualidade de vida, afetando ainda a saúde mental. É comum pessoas acordarem e já checarem as redes sociais, antes de qualquer coisa, fazendo com que o hábito se torne excessivo. Segundo os dados do CAU/BR, 95% dos arquitetos e urbanistas de Mato Grosso acessam o Instagram diariamente.

Os efeitos do uso das redes sociais seguem sendo estudados, pois pesquisas indicam que a alta exposição às redes pode contribuir para o adoecimento mental. Neste mês em que se aborda a prevenção ao suicídio, Setembro Amarelo, o CAU/MT alerta para cuidados que podem fazer diferença no dia a dia.

Criado em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), o Setembro Amarelo é uma campanha que visa a conscientização e a prevenção do suicídio que é, nos dias de hoje, uma das principais causas de morte, não só no Brasil como no mundo todo. Em 2003, a Organização mundial da Saúde (OMS) deu ao dia 10 de setembro um significado especial, quando passou a ser conhecido como o Dia Mundial da Prevenção de Suicídio e nesta data ocorrem atividades que servem de alertas.

Estar presente na era digital se tornou comum, já que é um dos principais meios para divulgar o próprio negócio. No entanto, é preciso ter cautela, já que o uso exagerado pode levar à comparação, fatores como comparação social, cyberbullying, exposição a notícias negativas, isolamento social e falta de interações sociais significativas no mundo real, cobranças por perfeição e outros problemas que impactam a saúde mental.

A internet e as redes sociais fazem parte do cotidiano dos habitantes do Brasil. Em 2022, segundo o relatório “Digital in 2022: Brazil” da Hootsuite e We Are Social, os brasileiros passaram em média mais de 10h por dia na internet, sendo 3 horas e 41 minutos nas redes sociais.

Além disso, levantamento da Comscore mostra que o Brasil é o 3º país que mais consome redes sociais no mundo. São 131.506 milhões de contas ativas. Destas, 127,4 milhões são usuários únicos nas redes sociais (96,9%).

Em uma pesquisa do Reino Unido, entre os jovens que usavam as redes sociais não mais do que uma hora por dia, o índice de depressão era de 15,1% para as meninas e 7,2% para os meninos. No grupo que passava cinco ou mais horas por dia nas redes, o índice era de 38,1% para as garotas e 14,5% entre os garotos.

Uso saudável

Estar on-line em si não é necessariamente prejudicial à saúde mental, mas seu uso excessivo, inadequado ou envolvimento em situações negativas, pode ter um impacto na saúde mental.

Para evitar, é preciso definir limites, seguir conteúdos positivos, evitar comparações e até mesmo limitar o tempo que é gasto nas redes sociais. Os aplicativos possuem mecanismos que avisam quando o limite de tempo diário foi atingido, para que você possa ter controle.

O mais importante é buscar apoio profissional caso sinta que as redes sociais estejam afetando negativamente sua saúde mental.

Laura Resende, comunicação CAU/MT (Fonte: O Globo Online / G1).