Ícone SICCAU
SICCAU Serviços Online

27/05/2013ㅤ Publicado às 16:00

Met Tower, Bangkok, Tailândia / WOHA Architects © AKAA / Patrick Bingham-Hall

 

De barro inovador e escolas de bambu até o estado da arte dos aranha-céus “verdes”, o Júri de 2013 do Aga Khan de Architecture selecionou 20 candidatos que merecem ser vencedores do prestigiado prêmio de 1 milhão de dólares. Desde que foi lançado, há 36 anos, mais de 100 projetos receberam o prêmio e mais de 7.500 projetos construídos foram documentados para expor a excelência arquitetônica e melhoria da qualidade de vida em suas regiões.

Farrokh Derakhshani, o diretor do prêmio, comentou: “O Júri, que inclui alguns dos mais importantes arquitetos de nosso tempo, fez escolhas interessantes este ano. Por exemplo, eles escolheram escolas no Afeganistão e Síria, mas também escolheram um hospital no Sudão, um arranha-céu em Bangkok e a reconstrução de um campo de refugiados no Líbano. De muitas maneiras, as escolhas refletem uma preocupação central do Prêmio: o impacto de edifícios e espaços públicos na qualidade de vida. Agora, isso parece ser uma discussão cotidiana, mas é preciso lembrar que o prêmio Aga Khan sempre fala sobre “escala humana” e “sustentabilidade” desde 1977″. 

A lista anunciada do Aga Kahn Award inclui:

Escola Primária Maria Grazia Cutuli, Herat, Afeganistão / 2A+P/A, IaN+, Mario Cutuli 

Escola Primária Maria Grazia Cutuli, Herat, Afeganistão / 2A+P/A, IaN+, Mario Cutuli © AKAA / Maria Grazia Cutuli Foundation

 

Construída em homenagem à jornalista italiana Maria Grazia Cutuli, assassinada no Afeganistão em 2001, esta escola representa uma abordagem alternativa ao projeto de escola de emergência para áreas devastadas pela guerra. Como uma pequena aldeia, o complexo é uma justaposição de elementos cercados por um muro no limite do terreno. Ela acomoda oito salas de aula, vários alojamentos de funcionários, uma biblioteca com pé-direito duplo e um jardim que funciona como uma “sala de aula verde”. Construído em concreto armado com revestimento de tijolos, as estruturas são pintadas, para economizar custos. As paredes “refletem diversos tons de azul” do pigmento “Lapis Lazuli” usado na cerâmica local, enquanto caixilharias são em contrastantes vermelhos.

Cemitério Islâmico, Altach, Áustria / Bernado Bader Architects

Cemitério Islâmico, Altach, Áustria / Bernado Bader Architects © AKAA / Adolf Bereuter

 

O Cemitério serve Vorarlberg, o industrializado estado que fica na parte mais ocidental da Áustria, onde mais de 8% da população é muçulmana. O projeto encontra inspiração no jardim primordial e é delimitado por paredes de concreto vermelho em uma cenário alpino, composto por cinco caixas retangulares alternadas, lápides, estrutura para alojamentos e salas de oração. Os principais materiais utilizados foram, concreto aramado e aparente, madeira de carvalho para ornamentação da fachada e no interior do espaço de oração. Quando o visitante entra, deve passar pelo espaço de congregação, com uma treliça de madeira em padrões geométricos islâmicos. O espaço conta com salas de ablução e salas de montagem que dão para o pátio. A sala de oração do outro lado do pátio reprisa o tema da treliça com caligrafia Kufic em uma malha de metal.

Museu do Artesanato de Papel, Gaoligong Mountain, China / Trace Architecture Office 

Museu do Artesanato de Papel, Gaoligong Mountain, China / Trace Architecture Office © AKAA / Shu He

O museu está localizado perto de uma aldeia próxima da Montanha Gaoligong, na província de Yunnan, uma área de presença muçulmana significativa. Ele fornece espaço de exposições para o antigo ofício de papel e artefatos produzidos localmente. Seis galerias agrupadas em torno de um pátio formam uma micro-aldeia. A exposição se estende atravésdisplays sobre o artesanato de papel na vila. A textura é articulada através de materiais locais, expressão formal e conexões visuais com a paisagem. A experiência espacial da aldeia é consolidada dentro do museu. Espaços internos são alternados entre galerias e aberturas para vistas externas. O alojamento nos pavimentos superiores inclui escritórios e dormitórios para visitantes. Madeira local, bambu, papel artesanal, materiais naturais, materiais de baixo consumo energético são largamente usados.

Reabilitação do Forte Nagaur, Nagaur, Rajasthan, Índia / Minakshi Jain

Reabilitação do Forte Nagaur, Nagaur, Rajasthan, Índia / Minakshi Jain © AKAA / Minakshi Jain

No coração da antiga cidade de Nagaur, um dos primeiros redutos muçulmanos no norte da Índia é o forte Ahhichatragarh, construído no início do século XII e alterado diversas vezes ao longo do tempo. O projeto de reabilitação, envolvendo a formação de muitos artesãos, aderiu aos princípios de intervenção mínima. Materiais e métodos de construção de outras épocas anteriores foram redescobertos, pinturas e características arquitetônicas conservadas e o acesso histórico feito por sete portas sucessivas foi recriado. A descoberta e a recuperação do sistema de água foi um dos destaques: 90 chafarizes estão funcionando agora nos jardins e dentro dos edifícios. O edifício e os espaços, tanto interno quanto externo, servem de um espaço para encontros, um estágio e a casa para o Festival de Música Sufi.

Preervação de Mbaru Niang, Wae Rebo Village, Flores Island, Indonésia / Rumah Asuh/Yori Antar

Preservação de Mbaru Niang, Wae Rebo Village, Flores Island, Indonésia / Rumah Asuh/Yori Antar © AKAA / Courtesy of Architect

As casas cônicas de madeira e bambu com telhados de palha, são típicas desta remota ilha. Um grupo de jovens arquitetos indonésios, que visitam uma parte da Indonésia todo ano, encontrou quatro das últimas destas casas típicas, sendo que duas estavam em estado crítico. Símbolos da unidade familiar e da comunidade, estas casas representam uma cultura viva e os moradores são os guardiões desta cultura, mas as habilidades necessárias para esta construção, que era passada por meio de tradições, desapareceu nos últimos anos. Os arquitetos fizeram então, um trabalho para reviver esta tradição construtiva, permitindo que toda as casas originais fossem reconstruídas. Neste caso, foi aberto aos estudantes universitários, que participaram e documentaram o processo inteiro.

Apartamento No.1, Mahallat, Irã / AbCT (Collective Terrai)

Apartment No.1, Mahallat, Irã / AbCT (Collective Terrai) © © AKAA / Omid Khodapanahi

A maior parte da economia de Mahallat está envolvida no negócio de corte e tratamento de pedras, porém, mais da metade da produção é descartada, devido a ineficiência na tecnologia. Este projeto transforma esta ineficiência em vantagem econômica e ambiental, através da reutilização das sobras, tanto para exteriores quanto para algumas paredes internas, isto tem levado à crescente adoção e pedras recicladas por construtores locais. A estrutura de cinco andares tem dois espaços comerciais no térreo e oito apartamentos com três quartos. Sua forma de prisma austero foi pensada em relação ao calor dos materiais naturais. Pequenas janelas são protegidas por avanços triangulares de feitos em pedra e as maiores tem persianas de madeira que permitem que os moradores regulem os níveis de luz e temperatura.

Reabilitação de Tabriz Bazaar, Tabriz, Irã / ICHTO Office Azerbaijão

Reabilitação do Tabriz Bazaar, Tabriz, Iran / ICHTO East Azerbaijan Office © AKAA / Amir Anoushfar

O histórico Complexo do Mercado de Tabriz foi oficialmente protegido em 1975 e tem sido tratado de maneira especial até 2010, quando foi adicionado à lista de Patrimônio Mundial. O complexo abrange 27 ha com mais de 5,5 km de mercado coberto. Três áreas diferentes de proteção foram estabelecidas (a área indicada, uma zona de amortecimento e uma zona de paisagem), sujeito a regras especiais incorporadas nos instrumentos de planejamento. A gestão é baseada na participação dos “bazaaris”, junto com autoridades municipais e ICHTO. Desde 2000, numerosos complexos foram reabilitados com a participação dos donos e inquilinos. A infraestrutura foi melhorada e apoios ao público foram construídos. O Tabriz Bazaar é um exemplo único de conservação urbana e projetos que a herança desempenha um papel catalisador no rejuvenescimento da memória material e imaterial da cidade histórica de Tabriz.

Reconstrução de Nahr el-Bared, Tripoli, Líbano / United Nations Relief & Works Agency (UNRWA), Nahr el-Bared Reconstruction Commission for Civil Action and Studies (NBRC)

Reconstrução do Campo de Refugiados Nahr el-Bared, Tripoli, Líbano / United Nations Relief & Works Agency (UNRWA), Nahr el-Bared Reconstruction Commission for Civil Action and Studies (NBRC) © AKAA / Abdelnaser Ayi

A reconstrução de um campo de mais de 27 mil refugiados, que teve 95% destruído durante a guerra de 2007, envolveu um esforço de planejamento de toda a comunidade, seguido de oito fases de construção. Área limitada e a exigência de recriar tecidos físicos e sociais, foram considerações preliminares. Fundado em 1948, o campo seguiu o padrão de famílias estendidas e a tipologia construtiva de aldeias de refugiados. Em uma disposição onde as ruas geram espaços para luz e ventilação, objetivou aumentar as áreas não edificáveis de 11% para 35%. Este objetivo foi alcançado, dando a cada edifício um sistema estrutural independente, permitindo a expansão vertical até quatro pavimentos em um espaço reduzido.

Ponte Hassan II, Rabat, Marrocos / Marc Mimran Architecture

Ponte Hassan II, Rabat, Marrocos / Marc Mimran Architecture © AKAA / Cemal Emden

Ligando Rabat e Salé para formar um centro urbano, a Ponte Hassan II e o acesso associado, funcionam para aliviar o perímetro histórico das duas cidades, diminuindo a poluição atmosférica e sonora. O projeto respeita a horizontalidade esmagadora do ambiente natural e  construído, permitindo que a Torre Hassan, do século Xll, mantenha seu domínio vertical na linha do horizonte. O concreto apoia, sutilmente, diferentes formas de arco, são extremamente delicados. Além de permitir estas conexões para transportes públicos, a estrutura também oferece uma cobertura urbana sobre a planície aluvial do rio Bouregreg, criando um espaço público protegido, com mercados e atividades de lazer.

Academia de Futebol Mohammed VI, Salé, Marrocos / Groupe 3 Architectes

Academia de Futebol Mohammed VI, Salé, Marrocos / Groupe 3 Architectes © AKAA / Cemal Emden

Com treinamentos intensivos de futebol e com educação escolar para cerca de cinquenta meninos de 13 a 18 anos, a Academia foi projetada para encorajar tanto o foco como o senso de comunidade. Ela é organizada como uma aldeia, com a praça de um centro onde são acomodados cinco edifícios administrativos, esportes, ensino, alojamento e atendimento físico. Todos tem um pátio central para relaxamento. As paredes do pátio são pintadas de uma cor que reflete aspectos marroquinos, enquanto as externas são maciças e em um branco sóbrio. A cor ocre da terra local liga o complexo ao seu ambiente, com pavimentação de concreto e decks e madeira.

Preservação dos Oasis Sagrados e Coletivos, Região de Guelmim, Marrocos / Salima Naji

Preservação dos Oasis Sagrados e Coletivos, Região de Guelmim, Marrocos / Salima Naji © AKAA / Cemal Emden

Durante a última década, Salima Saji, uma experiente arquiteta e antropóloga, trabalhou para salvar heranças de diversas cidades oásis nas montanhas do Marrocos. Este empreendimento ambicioso envolve quatro locais que variam em escala, de áreas comuns até cidades fortificadas praticamente abandonadas. Naji realizou o trabalho com pedreiros e operários qualificados, a quem ela tem treinado com técnicas construtivas tradicionais, para que estes apliquem suas habilidades em outros locais não qualificados. A arquitetura e o espaço público foram preservados, não só por seu valor histórico, mas como parte do local e modelos sustentáveis para a construção contemporânea. Durante o tempo todo, Naji incentivou um processo participativo, com novos e tradicionais grupos da comunidade local. Seu trabalho oferece um modelo alternativo para a conservação no Marrocos: aquele que insistem em manter a ligação entre as comunidades locais e seus ambientes históricos.

Revitalização do Centro Histórico de Birzeit, Birzeit, Palestina / Riwaq – Centre for Architectural Conservation

Revitalização do Centro Histórico de Birzeit, Birzeit, Palestina / Riwaq – Centre for Architectural Conservation © AKAA / RIWAQ

Este projeto que durou cinco anos, faz parte de um plano de reabilitação iniciado pelo Riwaq, transformou a cidade decadente de Birzet, criando empregos através da conservação e revivendo ofícios tradicionais desaparecidos. O envolvimento da comunidade foi incentivado desde o início, incluindo as ONGs locais, o setor privado, proprietários, inquilinos e usuários, todos trabalhando com o município. Ambos os edifícios históricos e espaços públicos foram reabilitados junto com atividades comunitárias. Partes substituídas do muro permanecem distinguíveis das estruturas originais, sem prejudicar a coerência arquitetônica. Recursos perdidos foram substituídos onde houveram evidências claras de sua antiga aparência, como azulejos de motivos palestinos. Técnicas tradicionais a preços acessíveis e materiais locais foram usados por toda parte. Onde há modelos históricos, novos elementos foram feitos com um espírito contemporâneo.

Escola Primária Umubano, Kigali, Ruanda / Mass Design Group

Escola Primária Umubano, Kigali, Ruanda / Mass Design Group © AKAA / Jean-Charles Tall

Os edifícios da escola tem nove salas de aula e uma biblioteca em um terreno inclinado. Configurações exclusivas para a educação foram criadas para ocorrer dentro de uma variedade de salas internas e externas – alguns dos quais são cobertas por telhados inclinados – e o terraço são espaços de recreação para crianças. Materiais locais, como tijolos e bambu foram usados, sombreamento e ventilação natural foram pensadas para reduzir o consumo de energia. Nas salas de aula, as luzes de da iluminação zenital são equilibradas pelas luzes das janelas. Os espaços foram especialmente desenvolvidos para proporcionar um educação de qualidade para mais de 300 crianças órfãs ou vulneráveis. Cursos noturnos são promovidos e servem para melhorar a alfabetização da comunidade em geral.

Centro de Interpretação Mapungubwe, Limpopo, África do Sul / Peter Rich Architects 

Centro de Interpretação Mapungubwe, Limpopo, África do Sul / Peter Rich Architects © AKAA / Obie Oberholzer

O plano para o Centro, tem inspiração em um tema gravado em pedras descobertas na área de Mapungubwe Hill, Patrimônio da Humanidade, localizado na confluência dos rios Limpopo e Shase. Exposições e espaços de aprendizagem assumem a forma de dez formas livres, a maior delas se estende por mais de 14 metros, uma série de abóbadas e cúpulas regulares são organizadas em uma disposição triangular interligadas por passarelas e rampas. O método utilizado é baseado em um sistema de argamassa de fixação rápida e tijolos. O baixo impacto ambiental foi conseguido através do uso de materiais locais.

Habitação Pós-Tsunami, Kirinda, Sri Lanka / Shigeru Ban Architects

Habitação pós-Tsunami, Kirinda, Sri Lanka / Shigeru Ban Architects © AKAA / Dominic Sansoni

Este projeto prevê cem casas em uma vila de pescadores muçulmanos na região de Tissamaharama, na costa sudeste do Sri Lanka, após a destruição causada pelo tsunami de 2004. O objetivo de Shigeru Ban foi de adaptar as casas para o clima local, utilizar o trabalho e materiais locais para trazer lucro para a região e responder às próprias necessidades dos moradores por meio de uma consulta direta. Por exemplo, cozinhas e banheiros estão incluídas dentro de cada casa, como solicitado pelos moradores, mas uma área coberta central os separa da área de habitação, conforme estipulado pelo governo. A área coberta também oferece um espaço de entretenimento a partir do qual as mulheres podem retirar-se para manter a privacidade. Madeira de seringueira local foi usada para as divisórias e acessórios e as paredes foram feitas com blocos de barro prençado.

Centro de Cirurgia Card’iaca de Salam, Khartoum, Sudão / Studio Tamassociati

Centro de Cirurgia Cardíaca de Salam, Khartoum, Sudão / Studio Tamassociati © AKAA / Marcello Bonfanti

O Centro de Cirurgia Cardíaca de Salam é um hospital com 63 leitos e 300 funcionários locais, com alojamento para equipe médica com 150 lugares. Este Centro foi construído com dois pavilhões principais organizados em torno de grandes pátios. O bloco do hospital é mais alto com complexas funções técnicas que incluem três salas de operação otimizada para cada caso específico. Sistemas mistos de ventilação e iluminação naturais  permitem a criação de espaços mais acolhedores e intimistas, porém seguros. Vendo os recipientes abandonados, que foram usados para carregar os materiais da obra, os arquitetos se inspiraram para reutilizá-los para abrigar o pessoal do Centro. Noventa contêineres de 6 metros formam os blocos de alojamento, cada unidade composta com 1,5 contêiner tem, um banheiro e uma pequena varanda para o jardim. Sete contêineres de 12 metros são ocupados por uma cafeteria e alguns serviços. O isolamento foi feito através de um sistema com cinco centímetros de painéis isolantes internos e uma pele externa compreendendo uma cobertura metálica ventilada, além de cortinas de bambu

Lycée Français Charles de Gaulle, Damasco, Síria / Ateliers Lion Associés, Dagher Hanna & Partners

Lycée Français Charles de Gaulle, Damasco, Síria / Ateliers Lion Associés, Dagher Hanna & Partners © AKAA / Alhadi Albaridi

Na concepção de instalações escolares em climas desérticos, os arquitetos optaram por ventilação natural, uma decisão de implicações cruciais para a morfologia de suas soluções. Os edifícios são estruturas de dois pavimentos, formadas em um pequeno pátio com um exuberante e protegido jardim. O jardim é um conjunto de edificações que criam um microclima, alimentando-se de ar fresco para o sistema de ventilação de tubos de PVC, feitos para a circulação da corrente de ar criada por chaminés. As paredes são duplas criando uma bolsa de ar e ajudando na condição térmica. As salas de aula estão dispostas em fileiras dos dois lados em um padrão com os jardins alternados.

Instituto de Animação e Filmes Kantana, Nakhon Prathom, Tailândia / Bangkok Project Studio / Boonserm Premthada

Instituto de Filmes e Animação Kantana, Nakhon Prathom, Tailândia / Bangkok Project Studio / Boonserm Premthada © AKAA / Pirak Anurakyawachon

Foram feitas na faculdade, maciças paredes de tijolos artesanais de oito metros de altura, com ondulações geométricas. Elas são apoiadas por uma estrutura interna de aço, o espaço no miolo da parede permite a criação de uma bolsa de ar que protege da transferência de calor. Há cinco áreas diferentes no complexo – escritórios administrativos, salas de aula, oficinas, biblioteca e restaurante – são todos ligados por uma “floresta inserida” na forma de um greystone e um caminho de concreto marcado por árvores, correndo por um eixo leste-oeste. Este caminho se estende para além dos limites dos edifícios e as aberturas nas paredes proporcionam espaços de relaxamento e uma ligação com a paisagem.

Met Tower, Bangkok, Tailândia / WOHA Architects 

Em vez de adotar modelos de arranha-céus de países com clima temperado, este edifício de 66 andares no centro de Bangkok adapta os aspectos da habitação tropical de baixa escala em espaços no céu. Naturalmente, com a ventilação cruzada os apartamentos não precisam de ar condicionado. Terraços ao ar livre com churrasqueiras, bibliotecas, spas, e outras instalações conectam as três torres a cada cinco pavimentos e atuam como travamento estrutural. As principais estruturas do edifício avançam para fora, criando um espaço interno protegido por varandas que são iluminadas à noite, transformando o edifício em uma elegante tela vertical. O arranjo escalonado dos blocos permite iluminação e ventilação em todos os apartamentos. Elementos tailandeses – telhas de cerâmica, tecidos e painéis de madeira- são abstraídos para organizar formas.

Restauração do Forte em Thula, Thula, Iêmen / Abdullah Al-Hadrami

Restauração do Forte em Thula, Thula, Yemen / Abdullah Al-Hadrami © AKAA / Cemal Emden

Ameaçado por construções de uma estrada, a comunidade de Thula, com a ajuda do Fundo Social para o Desenvolvimento, realizou um série de projetos de preservação histórica para proteger bens culturais, incluindo a reconstrução dos muros do cemitério e terraços agrícolas, restaurando os portões de Bab al Mayah, torres de vigia, caminhos e vias navegáveis, além de reparar cisternas que são utilizadas até hoje. Thula é muito conhecida por seus artefatos Sabá e sua arquitetura de pedra. Durante o processo de preservação de um sítio arqueológico, foram descobertos portões e muros que deverão fornecer novas perspectivas para esta civilização.

Os projetos pré-selecionados já estão sendo analisados tecnicamente por um seleto grupo de arquitetos, urbanistas e engenheiros. Os comentários, que enfatiza tanto o impacto sobre a qualidade de vida e excelência arquitetônica serão apresentados em junho pelo Júri. Cinco ou seis finalistas serão selecionados e o vencedor será anunciado em uma cerimônia em Lisboa no mês de Setembro de 2013.

Fonte: ArchDaily Brasil

DEIXE UM COMENTÁRIO

Os comentários estão desativados.

Notícias Recentes

12/12/2024

154ª Reunião Plenária Ordinária CAU/MT

Notícias Recentes

11/12/2024

CAU/MT e CREA-MT fiscalizam a estrutura provisória do Shopping Popular

Notícias Recentes

11/12/2024

CAU/MT na mídia – novembro

Notícias Recentes

10/12/2024

Imagem da Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá vence concurso de fotografia